quinta-feira, 2 de outubro de 2014

LEI DA SEMEADURA E COLHEITA

Quero falar aqui sobre um principio meu em que sempre acreditei cegamente. Partindo de que não acredito em reencarnação e que só temos uma vida pra viver, sempre acreditei mesmo assim que as forças Divinas não dá autorização à Dona Morte para levar um fulano ainda em dividas com a vida, com as pessoas e com os seus pecados. Sempre acreditei assim e sinceramente dói questionar algo em que sempre acreditamos. Mas hoje em meus 32 anos de vida e com algumas boas experiências com vida e com a morte, me sinto incomodada em rever a crença neste principio. Seria muito fácil assim prever o inicio, meio e fim da vida dos seres humanos, bastasse apenas uma analise psicológica e sociológica do histórico de vida do ser, já seria possível prever o quanto ele deu pra vida e o quanto ele ainda deve. Sinceramente, é duro admitir isso, mas não faz sentido.
Isso é estarrecedor! É triste e me deprime, pois se eu não posso acreditar que o ser humano vai pintar e bordar na minha face e me aquietar esperando que ele sofra as consequências de seus atos ainda nesta vida, toda a a auto-disciplina, o auto-controle, a espiritualidade e até adotar uma certa postura mártir me parece muito inútil.
É muito injusto cara! É um principio bíblico e afinal eu sempre acreditei na Bíblia.
Inicialmente da vontade de lavar as mãos e virar uma rebelde e fazer qualquer coisa por ai sem pensar se vai doer ou não, agir igual a eles.
Mas espera um pouco! Aí que ta o grande sentido! Quando fazemos (ou plantamos) o mal nós colhemos, mas não no mesmo formato, não em forma de troco, não visivelmente, mas do modo mais infernizante: Angustias, falta de amor, secura da alma,.. Como será a noite de alguém que fez algo muito errado naquele dia? Como será o psicológico de alguém que não se reconhece mais entre suas verdades e mentiras. Qual é a sensação e o tamanho do vazio de se sentir sozinho por ter afugentado todos os  que foram capaz de ama-lo.
Por exemplo, uma mulher que aborta irresponsável e cruelmente por motivos banais e injustos ( preconceitos à parte), em retorno ela não será abortada(claro, até porque não faz sentido), mas as consequências psíquicas e os eventos futuros relacionados à falta desta criança ou às lembranças da prática e até mesmo as consequências na saúde a longo prazo, estão abertas a acontecer para ela que optou por esta pratica. É por isso que tem coisas que acontecem com a gente e que não entendemos, temos a memória curta quando o assunto é nossas atitudes e decisões.
As dores de dentro, as feridas da alma, a consciência atormentada são piores que qualquer massacre em massa, qualquer chacina, desilusão amorosa, agressão física ou verbal. E é por isso que as pessoas estão tão frias hoje em dia. Porque elas sofrem as consequências de seus erros de modo silencioso e fatal, gerando consequentemente outros erros e um ciclo de plantios e colheitas de frutos repetitivos. É uma prisão de alma. Pior que castigo e vingança. Isso explica muita coisa.
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Deus me proteja da maldade. Vou plantar o bem porque definitivamente: "Quem planta colhe"

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